sábado, 15 de maio de 2010

Diário de Bordo I - O sorriso

Aeroporto de Congonhas, São Paulo, 12 de maio de 2010.

No começo, parecia uma saga.

-"Você fará uma odisséia", disse a moça do check in, "3 vôos, 2 longas conexões, quase 12 horas de viagem... Você tá preparada?!"

-"Tenho que estar, né?!", disse eu, rindo.

Bom, vale ressaltar que foi uma verdadeira saga. A segunda conexão, com mais de 3 horas de intervalo entre um vôo e outro foi uma experiência única. Mesmo que massacrante.
Talvez o ar completamente executivo do aeroporto, ou a frieza, a pressa das pessoas... Não sei o que realmente mais me incomodava. O local estava lotado. Um vai-e-vem danado de gente. Malas. Paletós. Pessoas. No desembarque, filas de pessoas com plaquinhas com alguma referência para o viajante que chegava. "Vivo empresa". "Sr. Fulano de tal". E mais tantas outras do gênero.
Não. Nenhuma estampava meu nome. Aquele nem sequer era o meu destino final. Apenas uma longa conexão.
Ao passear pelo aeroporto, vários notebooks abertos pelas mesas dos cafés e pessoas grudadas ao conteúdo exibido pelo monitor. Algumas outras pessoas em pé, conversando. A mãe segurando o filho enquanto conversava com alguém no orelhão. Gente chegando e contando como foi a viagem. Gente correndo, atrasada e apavorada com a possibilidade de perda de vôo.
E observando cada rosto, cada semblante que cruzava meu caminho, uma expressão (visivelmente a mais bonita do dia) me prendeu o olhar.
Foi apenas por um segundo. Até menos que isso. Centésimos de segundo. Profundos de tanta emoção que me trouxeram. Essa expressão, nesses míseros centésimos de segundo, fizeram meu coração pulsar tão fortemente e tão frequentemente que tive de segurar para que não saísse saltitando pela boca.
É isso aí. Pela boca. De onde veio o sorriso mais inacreditável que já vi e que transformou aquela troca de vôos em um momento único. Um belo e simples sorriso.
Mas se engana quem pensa que se dirigia a mim (ah! quem me dera que tivesse tido tamanho privilégio). Provavelmente estava apenas se divertindo com alguma coisa que foi dita ao outro lado do telefone, ou expressava simplesmente a felicidade por ouvir a voz de alguém especial.
Seja lá o que tenha sido, se pudesse, agradeceria o bem que o sorriso me proporcionou. Aliás, agradeço aqui (vai que num acaso do destino aquele belo sorriso se abra outra vez ao ler este agradecimento?! rsrs)

Muito obrigada por ter alegrado um pequeno instante da minha vida, belo sorriso. Certamente o mais belo que já vi em toda a vida, e que seria impossível de esquecer, mesmo que eu quisesse.

Beijos a todos!

3 comentários:

  1. muita paciencia pequena luba.heiheiuehie
    um bom tema, sério ^^

    ResponderExcluir
  2. tem coisa mais fascinante que observar?
    e você descreveu tão detalhadamente, que pude me imaginar na mesma situação..
    até mesmo cogitei esse 'belo sorriso'.
    gostei :)

    ResponderExcluir
  3. Engraçado o poder do sorriso de um estranho, né?
    Sei como é! xD

    ResponderExcluir