Eu tenho um problema. Certo. Você também tem. Minha mãe também, meu tio, meu pai, minha avó. Aliás, cada um de nós não tem apenas um problema. Temos vários. Agora imagina só: com quantas pessoas você cruza diariamente? Quantos rostos diferentes são espelhados em sua retina, apesar de não ficarem registrados em sua mente? Você entra no ônibus, no metrô, anda na rua, dirige o carro e vê o pessoal atravessando a rua.
Cada um com sua vida. Cada um na sua individualidade... e com seus próprios problemas. Então são milhares, milhões, inúmeros problemas transitando pela rua. Anônimos. Talvez estejam procurando uma solução. Talvez não vejam mais uma saída. Talvez esperem ter mais esperança. Talvez queiram apenas um sorriso. Você perdeu seu anel, o seu vizinho perdeu a filha. A cada momento, um monte de pessoas morre no mundo e viram estatísticas. Mas por dentro dessas estatísticas, quantas famílias não sofrem a perda de alguém? Quantas esposas não ficaram sem os maridos? Quantos filhos sem as mães?
Conversei outro dia com uma professora minha (e também grande amiga) e ela me disse:
"Certa vez, tive de descer num poço muuuito fundo, com mais de dez metros de profundidade. Antes de descer, me avisaram que quando chegasse ao fundo, que eu não olhasse pra cima. E, chegando ao fundo, foi exatamente o que fiz. Ao olhar pra cima, vi apenas uma bolinha, ora azul, ora branca. Era o céu. Toda a imensidão do céu, apenas em uma bolinha. E imediatamente pensei: 'Meu Deus! Como eu sou pequena!'. Agradeci por ter olhado para cima. As pessoas que me disseram pra não olhar pra cima, foram justamente as pessoas que nunca tinham descido até o fundo do poço."
As pessoas que nunca desceram ao fundo do poço não podiam entender como seria a vista lá embaixo, por isso tinham medo. Medo do desconhecido. Não se dá pra cobrar a mesma compreensão de alguém, se essa pessoa não passou pelas mesmas experiências que você. Cada um carrega a cruz que é capaz de carregar. Bem ao modo que "Deus dá o frio conforme o cobertor". Você pode estar reclamando do problema que tem, e estar achando que este é o pior problema do mundo, principalmente quando compara aos problemas menores que o seu. Mas saiba que, como já disse um antigo provérbio, "Eu reclamava que não tinha sapatos, até que vi um homem que não tinha pés."
Ninguém é tão perfeito que não tenha problemas; nem tão grande para ter o maior do mundo. O grande lance é olhar para os lados e ver que nós temos problemas, bem como nossos vizinhos, nossos amigos. Mas que não estamos sozinhos.
Ninguém nunca está.
Já parou pra pensar que quem ouve sua risada tem um momento pra rir junto e não lembrar de um problema? ;)
ResponderExcluirObrigada Luiza de ontem por ajudar a entender a Luiza de hoje.... Obrigada prof. Odete por continuar me iluminando.... Obrigada Viv por me lembrar o quanto é bom compartilhar risos com aqueles que nos rodeiam.. ;)
ResponderExcluirMe perdoem por esquecer quantas pessoas maravilhosas já cruzaram meu caminho, por diminuir todo meu aprendizado.
Obrigada internet, por me proporcionar a oportunidade de autoconhecimento constante...
5 anos atrás e eu mesma sendo capaz de minimizar o sofrimento daquilo que ainda estava por vir...
De fato, nada é em vão!
Vamos em frente com a força que Deus nos dá...
Gratidão e luz a todos!
❤